Quando assisti este filme, me lembro que era um sábado. Passei o dia meio pra baixo, desanimado, cabisbaixo. E antes de ir pra cama dormir, resolvi ver um filme. Me lembrei do “Echo” pela proposta: Natal na Islândia. Primeiro por se tratar de uma cultura distante da nossa, e meu olhar antropológico, sociológico e cultural por vezes fala mais alto. Segundo por se tratar do natal, um período que, pra mim, traz uma ambiguidade, uma certa melancolia misturada a felicidade, nostalgia e expectativa - amor, ternura e saudade.
E o filme salvou meu dia. Fui dormir com as esperanças renovadas. Fiquei com aquela sensação de que, tendo a arte ao nosso lado, não importa quantas vezes eu cair, ela sempre estenderá suas mãos para me levantar. “Echo” foi um verdadeiro carinho na alma.
O filme são 56 takes, independentes entre si, sobre como diversos cidadãos islandeses vivenciam o Natal e o Ano novo. De um senhor no asilo recebendo a visita da neta, a um usuário de drogas se emocionando ao receber um presente das enfermeiras do serviço social, “echo” é de acariciar o coração.
Bergmál
Direção e Roteiro: Rúnar Rúnarsson
Islandês e Inglês - 2019 - 1h 19min
Avaliação:
4,5/5
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