Concluímos nesta última semana a 9ª edição do cineclube, onde imergimos na obra do diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul. Foi lindo conseguir agregar 70 pessoas inspiradas e sensíveis para analisarmos e debatermos sobre a filmografia do Apichatpong.
Não sei se por culpa minha ou dos filmes do Apichatpong, todas as aulas desta última edição tiveram 2 horas de duração. O normal, no cineclube, são as aulas durarem uma hora e trinta minutos, para depois começarmos o bate papo. Há algo de fugidio, de evanescente, na obra do tailandês, que tentamos agarrar como podemos através de conceitos e teorias, mas a verdade é que ele sempre transborda e excede a análise, por maior que seja o tempo que nos detemos a investigar sua obra. Para abordar sua arte com mais profundidade e dar mais chaves de acesso aos alunes, dei aulas sobre: cinema de fluxo; cinema háptico (cinema tátil, além da visão); conceito e história da mise em scène; teorias do som no cinema (os conceitos de acusmática e acúsmetro); a relação entre o sono, o sonho e o tempo morto; relação entre o cinema de Apichatpong com a arte contemporânea instalativa; e muito mais.
Nos despedimos de Apichatpong e damos as boas-vindas ao gênio russo Andrei Tarkovski, o cineasta a ser analisado e debatido na próxima edição do cineclube. Importante ressaltar que já temos 40 participantes inscritos para a edição Tarkovski, sendo nosso limite o de 100 participantes. A procura está alta, então não deixe de garantir o seu lugar. As inscrições já estão abertas pelo site. Para saber mais sobre a 10ª edição (Tarkovski) e se inscrever, clique aqui!
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