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Foto do escritorJoão Marcos Albuquerque

Inscrições Abertas para a 9ª Edição do Cineclube do Filmes Cuti

Inscrições Abertas para a 9ª Edição do Cineclube do Filmes Cuti, onde vamos imergir na obra do cineasta e artista tailandês Apichatpong Weerasethakul.


Entre os artistas mais importantes do século XXI, Apichatpong Weerasethakul acumulou uma obra exuberante em mais de duas décadas de produção. Entre filmes e instalações artísticas, é um dos diretores mais premiados do mundo, assim como um gigante da arte contemporânea.


Apichatpong se destaca por já ter vencido: Palma de Ouro no Festival de Cannes com o filme “Tio Boonmee”; ter dois filmes na lista de Melhores Filmes da Década na Cahier du Cinéma (”Mal dos Trópicos” e “Tio Boonmee”); e ter o Melhor Filme da Década segundo a Cinemateca do Festival de Toronto (”Síndromes e um Século”). O que torna seu cinema tão especial?

Se o cinema é uma arte horizontal, um frame se seguindo ao outro em sequência dando movimento a imagem, Apichatpong se destaca por criar uma dimensão vertical em suas imagens. A confluência entre as cosmologias nativas da Ásia com a história sociopolítica moderna atravessam suas imagens, verticalizando-as numa profusão de temporalidades e significados. Ao escavar suas imagens vemos que coexistem em sua obra múltiplas camadas temporais (histórica, cosmológica, moderna, pré-moderna), onde cada camada guarda um segredo. Ao prosseguirmos na escavação, descobrimos outras formas de se relacionar com o tempo e com o espaço, tanto no cinema quanto no nosso dia a dia. Abrem-se as portas da percepção.

Imersos nas crenças, superstições, lendas e espíritos que animam a vida na Tailândia, os filmes de Apichatpong navegam de maneira fluida entre os mundos natural e sobrenatural, entre passado, presente e futuro, integrando o místico ao material para investigar os mistérios da existência e da realidade.

Apichatpong realiza estas proezas pois é um poderoso criador de experiências estéticas, que modulam a forma como nos relacionamos com o mundo. Ao entrarmos em contato com seus filmes, adentramos um novo domínio sensorial e perceptivo, que hipnotiza e desafia a linguagem. Arrebatados por suas belas imagens, somos posicionados diante do novo e inaudito. Mas engana-se aquele que diz ser a obra de Apichatpong mais sensorial e afetiva do que intelectual. Sua originalidade formal está ligada ao seu desejo de abordar a violenta história de seu país. Seu cinema é conhecidamente imersivo, atmosférico e misterioso, mas o que poucos apontam é que ele é, na mesma medida, fortemente político. Para isso, é preciso interpretá-lo.

Neste cineclube vamos analisar e debater quatro filmes marcantes do diretor, seus aspectos filosóficos, estéticos, políticos e sociais, enquanto aprendemos sobre linguagem, teoria e história do cinema.

E aí, vamos nessa? Para saber mais e se inscrever, clique aqui.

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