

Bergman é um exímio construtor de mundos sensíveis. Mas seus mundos são abismos: interiores, metafísicos. Ao longo de mais de cinco décadas de criação contínua, sua obra deu forma às suas angústias existenciais. Trabalhando o rosto humano como objeto de predileção, Bergman revelou, ao longo da carreira, que os closes conseguem apenas desvelar o vazio da alma, o terror silencioso de um mundo sem Deus.
Se, por um lado, Bergman consolidou-se como mestre das formas clássicas, por outro foi um experimentador incessante, capaz de reinventar as possibilidades do cinema para expressar a vida interior e o conflito existencial. Sua filmografia atravessa diferentes fases, mas sempre marcada por rigor formal e intensidade emocional.
Seu cinema é reconhecível por uma série de traços que o tornaram paradigmático: a investigação da alma humana por meio de narrativas que oscilam entre a brutalidade e a delicadeza; o uso rigoroso da mise-en-scène, que privilegia o rosto como palco do drama interior; o diálogo constante com a filosofia existencialista e a psicanálise, onde emergem o peso da dúvida religiosa e as pulsões inconscientes; e a dimensão simbólica, herdeira de tradições teatrais e mitológicas, que confere às imagens um caráter de universalidade.
Formalmente, Bergman aliou o rigor da composição visual, fruto de sua parceria com diretores de fotografia como Sven Nykvist, a uma direção de atores que tornou inesquecíveis presenças como as de Liv Ullmann, Max von Sydow e Harriet Andersson. Essa conjunção de precisão formal, intensidade dramática e reflexão metafísica faz de sua obra uma das mais singulares e influentes da história do cinema.
Bergman será estudado neste curso como uma das figuras centrais na constituição do cinema moderno. Vamos investigar os principais aspectos estéticos, filosóficos e temáticos de suas obras, analisando cenas em detalhes a partir dos conhecimentos legados pela teoria, história e linguagem cinematográfica. Vamos contextualizar sua obra na história do cinema, destacando sua linhagem e contribuições para o desenvolvimento da arte cinematográfica
E aí, vamos juntos imergir no cinema de Ingmar Bergman?
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Os Filmes da Edição

Monika e o Desejo (1953)

O Sétimo Selo (1957)

Persona (1966)

Gritos e Sussurros (1972)

Cronograma
Terças ou Quintas às 19h30
21/10
Encontro de abertura:
Introdução a Ingmar Bergman + Análise do filme Monika e o Desejo
28/10
Encontro sobre
O Sétimo Selo
11/11
Encontro sobre o filme Persona
18/11
Encontro final sobre Gritos e Sussurros
Professor
João Marcos Albuquerque
Cineasta Independente, Crítico e Professor de Cinema, criador do Filmes Cuti. João Albuquerque é o diretor do filme "Somos Nossos Mortos. E as Árvores?", selecionado para o Slow Film Festival 2025 - um dos festivais internacionais mais relevantes dedicados ao Slow Cinema. Mestre em Filosofia pela UFRJ, autor de críticas, ensaios e artigos publicados em mídias como Outras Palavras, Midia Ninja e Cine Ninja, além de produzir todo conteúdo do Filmes Cuti. Professor do CineCuti, com mais de 800 alunos inscritos em seus cursos e mais de 200 horas de aulas ministradas e gravadas sobre história, teoria e linguagem do cinema.

Investimento
CineCuti Edição Ingmar Bergman - R$100,00
Pacote Promocional com três edições do CineCuti - R$275,00
O pagamento é realizado com toda segurança pelo PagSeguro.

Próximas Edições

22ª Edição:
Cinemas Revolucionários na América Latina (Anos 1960-1970)
Início - 25/11/2025

23ª Edição:
Cinemas Africanos e Descolonização
Início - 20/01/2026
