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Foto do escritorJoão Marcos Albuquerque

Os Melhores Filmes Que São um Único e Verdadeiro Plano-sequência

Atualizado: 6 de out. de 2022

O Plano-sequência é uma técnica audiovisual em que uma cena é apresentada sem cortes. E existem filmes que são inteiramente um único plano-sequência, ou seja, o filme todo é filmado de uma só vez, sem cortes! Pois é. Se alguém erra uma fala no meio do filme, há apenas duas possibilidades: improvisar ou começar tudo novamente.


Há filmes que criam a ilusão de que não houve cortes – de que tudo foi feito em apenas um take. O exemplo mais famoso é “1917”. Neste filme, a edição trabalhou para criar a impressão de que o filme é um único e longo plano-sequência. Mas em “1917”, assim como em “Birdman”, houveram cortes. Portanto, podemos dizer que são um “falso” plano-sequência.


Aqui eu selecionei apenas filmes que são verdadeiros planos-sequências – filmes que foram inteiramente filmados sem corte, em um único take. E que são bons, muito bons. Afinal, não adianta ser um filme em plano-sequência e ser uma porcaria – acreditem, já vi alguns bem fraquinhos.


Selecionei apenas longa-metragens.


Vamos a lista:


Blindsone (2018)

Direção: Tuva Novotny


Um filme tão poderoso que permanece com você por alguns dias. Blindsone acompanha uma noite traumática na vida de uma família norueguesa, que tem suas estruturas demolidas devido a um acontecimento inesperado.



Dois Minutos Além do Infinito (2020)

Direção: Junta Yamaguchi


O filme de viagem no tempo mais impressionante que já assisti. Para derreter o cérebro e te deixar incrédulo, pensando: "Como que eles fizeram isso?" Só de começar a imaginar, você já vai ficar cansado. É genial.



Victoria (2015)

Direção: Sebastian Schipper


Imaginem um filme de assalto ao banco inteiramente em plano-sequência? É uma experiência completamente nova no gênero. E que experiência! Muita anfetamina e decisões irreversíveis numa noite alucinante em Berlim.



Timecode (2000)

Direção: Mike Figgis


Começa presunçoso, depois vira uma sátira de Hollywood, para depois transformar-se numa sátira de si mesmo. Quatro planos-sequências ao mesmo tempo - um exercício técnico louvável.



Arca Russa (2002)

Direção: Aleksandr Sokurov


Imponente e majestoso, "Arca Russa" é um deslumbrante passeio por 300 anos de história da Rússia. Filmado inteiramente no Museu Hermitage (que visitei por influência deste filme), tem a participação coreografada de 2 mil atores e atrizes.



Boiling Point (2021)

Direção: Philip Barantini


Vivemos na sociedade do burnout. E Boiling Point retrata isso de maneira frenética e exemplar. Sobre uma noite estressante num restaurante luxuoso em Londres, onde a correria do dia a dia atropela a sanidade dos trabalhadores.



Utoya (2018)

Direção: Erick Poppe


Sufocante do início ao fim, o filme é sobre o atentado terrorista que ocorreu na ilha de Utoya, na Noruega, onde 77 pessoas foram assassinadas. Acompanhamos o desespero dos jovens por 72 minutos, tempo que durou o atentado. A sensação de vulnerabilidade é muito angustiante.



Lost in London (2017)

Direção: Woody Harrelson


O que dizer de um filme que, enquanto era filmado, era exibido, ao vivo, em mais de 500 salas de cinema? Só por isso já é um marco. Mas o filme ainda é bom. Engraçado,

cativante e cheio de referências, é a estreia do Woody Harrelson na direção. Tirou onda.

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