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Cobertura 46ª Mostra SP - Parte 1

Foto do escritor: João Marcos AlbuquerqueJoão Marcos Albuquerque

Seguem minhas impressões sobre os cinco primeiros filmes assistidos durante a cobertura da 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Como de costume, dei prioridade aos filmes menos comentados, buscando a surpresa em detrimento da antecipação.


La Jauría, de Andrés Ramírez Pulido


O cinema colombiano vem se destacando mundialmente, e "La Jauría" faz jus ao prêmio recebido pela associação dos críticos em Cannes. Um estudo social do punitivismo sobre a juventude do país, em planos que destacam a subjetividade em face à ausência de possibilidades.


Avaliação - 4/5


Roost, de Amy Redford


Esse filme é esquisito. E tem coisa melhor que isso? Começa como uma comédia romântica genérica, onde uma menina se apaixona num fórum online. Porém, no meio desse clima de florescimento do primeiro amor, percebe-se que há algo de sinistro prestes a irromper. Surpreendente.


Avaliação - 3,5/5


Scheme, de Farkhat Sharipov


Um filme simples na premissa - o dia a dia de uma adolescente que está descobrindo o amor, saindo com os amigos, matando aula, experimentando drogas, e deixando os pais preocupados. Mas, a partir do autoritarismo paterno, que não aceita as transformações da filha, o filme parte para uma análise da violência masculina sob as mulheres no Cazaquistão, inclusive sob as menores de idade.


Avaliação - 3/5


Tengo Sueños Electricos, de Valentina Maurel


Impossível não notar uma certa similaridade temática entre os filmes que assisti na Mostra. Em comum, o tema da paternidade, ou melhor, de péssimos exemplos paternos. Claro que, a partir do exame de figuras paternais violentos, se pode extrapolar para uma análise macro do patriarcado contemporâneo. Tengo Sueños Eléctricos trabalha a relação conturbada entre a filha e seu pai, e de como a jovem entra num processo de desilusão com a figura idealizada de seu progenitor, enquanto se empodera como mulher.


Avaliação: 2,5/5


As Oito Montanhas, de Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch


Um dos filmes mais bonitos de 2022. Sobre descobrir quem somos, qual nosso lugar no mundo, e qual nosso papel nisso tudo, através da relação com o outro. Neste caso, o outro é o melhor amigo. Uma linda história de amizade e autoconhecimento.


Avaliação: 4,5/5

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© Filmes Cuti 2022 - Criado por João Marcos Albuquerque

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