Depois de 135 participantes na 1ª edição, estamos de volta com a 2ª edição!

Poucos diretores influenciaram tanto o cinema como Andrei Tarkovski. Com uma filmografia de apenas 7 longas-metragens, Tarkovski produziu trabalhos enigmáticos e poéticos que revolucionaram uma ampla gama de gêneros, incluindo a ficção científica, as histórias de guerra, os ensaios cinematográficos e os dramas históricos.

​

A beleza pictórica de suas imagens, suas reflexões metafísicas sobre a humanidade e suas observações filosóficas sobre o cinema o fazem ser considerado como um dos maiores cineastas da história. Já em sua época, Tarkovski era reverenciado por grandes nomes do cinema, como Bergman.

​

"Para mim, Tarkovski é o maior, aquele que inventou uma nova linguagem, fiel à natureza do cinema, à medida que ele captura a vida como um reflexo, a vida como um sonho", disse Bergman em uma entrevista. E o que seria essa nova linguagem criada por Tarkovski?

​

Tarkovski tem um estilo único. Seu uso inovador da linguagem cinematográfica imerge o espectador em um outro espaço-tempo. No livro “Esculpir o Tempo”, Tarkovski diz: “O fator dominante da imagem cinematográfica é o ritmo, que expressa o curso do tempo no quadro”.

​

Tarkovski alçava o ritmo à fundamento principal da arte cinematográfica. E o ritmo, para o russo, não é criado pela montagem, como até então pregava-se, mas a partir do curso do tempo que cada cineasta esculpe no plano. A isso Tarkovski chamava “Esculpir o Tempo”. Vamos investigar a forma com que Tarkovski esculpia o tempo.

​

Vamos analisar, também: as relações entre tempo e memória; os simbolismos presentes em sua obra; o papel central da natureza em seus filmes; sua visão de mundo; a espiritualidade e a metafísica presentes em suas narrativas; e porque ele via seus filmes como atos de criação capazes de revelar o significado existencial.

Vamos investigar os aspectos filosóficos, estéticos, políticos e espirituais na obra de Andrei Tarkovski, enquanto aprendemos sobre linguagem, teoria e história do cinema. Vamos conjugar a análise interpretativa e especulativa de suas narrativas com a análise estética e formal.

​

​E aí, vamos juntos desbravar o Cinema de Andrei Tarkovski?