top of page
Foto do escritorJoão Marcos Albuquerque

Maiores Expectativas - Festival do Rio 2023

Festival do Rio começou pra valer ontem, e o Rio se transforma. É sempre uma experiência diferente a de viver nessa cidade em tempos de festival.


Diante de uma enorme oferta de filmes, cada um se organiza da forma que melhor lhe convém. Eu dou prioridade aos filmes que, muito provavelmente, não irão entrar no circuito comercial. Por isso não listei aqui no post filmes como “Pobres Criaturas”, “May December” ou “Perfect Days”, por exemplo.


Seleciono os filmes baseado em informações prévias, como o fato de já conhecer o diretor/diretora, ou por já ter lido críticas positivas que encheram meus olhos.


Compartilho aqui com vocês os nove filmes que considero as grandes exibições do festival, e que dificilmente chegarão ao circuito. Vamos lá:


O Auge do Humano 3, de Eduardo Williams


Esse eu já assisti. Enquanto penso nas palavras para escrever sobre ele, me vem a cabeça uma imagem: um vórtice, bem no centro da Terra, cuja força reconfigura o espaço-tempo e seus derivados, até o mais prestigiado deles - a narrativa. Baita filme com instigantes experimentações estéticas.


Augúrio, de Baloji


Uma co-produção entre o Congo e a Bélgica, Augúrio despertou elogios potentes por parte da crítica internacional, que se encantou pelo poder visual do filme, assim como por sua narrativa de resgate da ancestralidade e crítica social.


How to Have Sex, de Molly Manning Walker


Pelo que acompanhei das coberturas internacionais do Festival de Cannes, esse filme evolui dissimuladamente para nos conduzir até um desfecho imprevisível. É o vencedor do prêmio “Un Certain Regard” em Cannes, um dos meus prêmios favoritos no tocante a novas revelações.


As Verdades Essenciais do Lago, de Lav Diaz


Lav Diaz é “famoso” por seus filmes de longa duração sobre os anos intermináveis da colonização e da ditadura militar nas Filipinas. Lav explora as possibilidades estéticas da dilatação temporal, evocando outro tipo de atenção e resposta por parte do espectador. Sempre original e brutal.


Estranho Caminho, de Guto Parente


Guto Parente é um dos grandes nomes do cinema contemporâneo nacional, e se destaca por criar narrativas inusitadas com propostas estéticas atípicas. Estranho Caminho venceu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Tribeca, evento de enorme prestígio no cenário independente


Eureka, de Lisandro Alonso


Novo filme de Lisandro Alonso. E esta informação já deveria ser o suficiente para você ir ao cinema, caso esteja buscando experiências cinematográficas que escapem a qualquer tipo de definição ou prateleira. Um dos maiores nomes do cinema “experimental” mundial. Sem mais.


A Flor de Buriti, de Renée Nader Messora e João Salaviza


Dos mesmos realizadores do maravilhoso “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos”, o filme “A Flor de Buriti” é um híbrido de drama e documentário sobre o povo indígena Krahô e sua longa história de resistência. Vencedor do prêmio “melhor elenco” no Festival de Cannes 2023.


Fronteira Verde, de Agnieszka Holland


O novo filme da veterana Agnieszka Holland levou o prêmio do Júri no Festival de Veneza, e arrancou os elogios mais fervososos de parte da crítica nacional e internacional. Outro detalhe importante: o filme está sendo repudiado em seu país natal por membros da extrema-direita.


Grandes Obras Restauradas do Cinema Nacional


O Festival do Rio vai exibir a versão restaurada de algumas das principais obras da história do cinema nacional, e de graça! Entre os filmes imperdíveis que serão exibidos: Cinco Vezes Favela (1962); Macunaíma (1969); Cabra Marcado pra Morrer (1984); Cangaceiro (1953).

Comments


bottom of page