Rua do Saara, 143 (2019)
- João Marcos Albuquerque
- 15 de dez. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 6 de out. de 2022
No meio do deserto do Saara, na beira de uma estrada que atravessa sua imensidão na Argélia, existe um pequeno e simplíssimo “café”, que é também a moradia de Malika, protagonista do filme 143 Sahara Street.
Malika vive sozinha, isolada entre as areias infinitas e a pequena porção de pavimento que conecta duas cidades localizadas na área do deserto. O filme é sobre Malika, sobre as relações que ela estabelece com viajantes, caminhoneiros e peregrinos que, ao atravessar o deserto, fazem um pit stop em sua loja para tomar um café, comer uns ovos, comprar um cigarro e bater papo com uma das melhores personagens do cinema dos últimos anos. Sério. A Malika é incrível.
Mas o filme é também sobre globalização e capitalismo. E de repente, naquela porção de deserto, surgem ameaças ao pequeno comércio da nossa heroína. Afinal, numa sociedade capitalista, onde há terra, há possibilidade para o lucro, para a apropriação e exploração.
OBS:
- Filme vencedor do prêmio “Best Emerging Director Award” na seção “Filmmakers of the Present” no festival de Locarno 2019.
- O filme foi produzido em 2019, mas chegou aos cinemas brasileiros apenas em 2021.

Rua do Saara, 143
Direção e Roteiro: Hassen Ferhani
Argélia, França e Catar - 2019 - 1h 40min
Avaliação:
4,5/5
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