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Foto do escritorJoão Marcos Albuquerque

Principais Vencedores do Festival de Rotterdam 2023

Como todo Festival Internacional, Rotterdam também tem suas premiações. O grande prêmio do Festival é o Tigre, seguido por dois prêmios especiais do Júri, que equivalem ao 2º e 3º lugar. Há também o prêmio dado pela FIPRESCI (a federação internacional dos críticos de cinema) e o prêmio do Big Screen, que é uma das principais mostras paralelas ao Tigre.


Acho bacana ressaltar que o Festival de Rotterdam é um evento dedicado a impulsionar o cinema independente, ou seja, aquele feito fora do circuito das grandes produtoras e indústrias cinematográficas. A ideia é desenvolver o cinema emergente, ainda pouco conhecido, colocando-os em destaque no cenário internacional de cinema.


Importante lembrar que muitos filmes nacionais já brilharam em Rotterdam. O Som ao Redor, por exemplo, dirigido por Kleber Mendonça Filho, venceu o prêmio FIPRESCI em 2012. E o cinema brasileiro está sempre em peso no Festival. Só para ilustrar: em 2012, levamos 15 filmes para o Festival. Mas é claro que, após o desmonte da nossa cultura no governo Bozo, esse peso ficou bem leve. Em 2023 tivemos 7 filmes nacionais estreando no Festival, com destaque para o filme Remendo, de Roger Ghil, que competiu pelo Tigre de Melhor Curta.


Obs: nesta matéria destaquei apenas os longas-metragens. Há também premiações para os curtas.


Endless Borders, de Abbas Amini

Vencedor do Big Screen, uma das principais mostras do Festival. Filme iraniano sobre um professor que vive numa vila na fronteira entre Afeganistão e Irã. Tudo se transforma quando o professor se envolve com uma familia de refugiados Hazara que estão fugindo do Talibã.



La Palisiada, de Philip Sotnychenko


Vencedor do FIPRESCI, prêmio cedido pela federação internacional de críticos de cinema. O filme é uma incursão difusa sobre a pena capital na Ucrânia após sua independência da URSS. Com imagens impactantes, acompanhamos uma investigação policial sobre um assassinato.


No Strains, de Prashanth Kamalakanthan e Artemis Shaw


Vencedor do Prêmio Especial do Júri. A rotina de um casal durante o isolamento social entra em colapso. Ele é o "neurótico", passa álcool em tudo e não sai de casa. Ela é a "relaxada", não higieniza as compras e sai constantemente para passear. Uma comédia inteligente e intimista sobre a vida a dois durante a pandemia.




Vencedor do Prêmio Especial do Júri. Sobre as cicatrizes que permanecem abertas após anos de Guerra Civil no Sri Lanka. O protagonista acaba de sair da prisão e busca desvendar o paradeiro de sua irmã. É com essa premissa que temos acesso à cultura, ao dia a dia e à história recente do Sri Lanka.



Le Spectre de Boko Haram, de Cyrielle Raingou[


Vencedor do Tigre, a principal premiação. Um documentário sobre uma comunidade, nos Camarões, de crianças e mulheres resgatadas do domínio do grupo radical islâmico Boko Haram, que continuaa atuar nas redondezas. Acompanhamos o cotidiano de três crianças nessa zona de guerra, tendo um vislumbre de suas vidas.

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